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Foto do escritorBruna Cordeiro - ASCOM

Plante Água: Projeto da AGENDHA vai plantar 100 mil mudas de árvores nativas no Bioma Caatinga

Atualizado: 7 de jun. de 2021

A AGENDHA, atendendo a Chamada de Projetos para Recuperação de Áreas Degradadas no Interior e Entorno de Unidades de Conservação localizadas no Bioma Caatinga, no âmbito do Projeto GEF Terrestre – Estratégias de conservação, restauração e manejo para a biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal, vai implantar um viveiro para produção de mudas nativas do Bioma Caatinga.

Foto: Acervo AGENDHA - ESEC Raso da Catarina

A Estação Ecológica Raso da Catarina está localizada no Bioma Caatinga, e possui uma área equivalente a 104.844,40 hectares, tendo como diploma legal de criação a Portaria nº. 373, de 11 de outubro de 2001, essa ecorregião do Raso da Catarina possui formato estreito e alongado se estabelecendo nos limites naturais geomorfológicos da Bacia Sedimentar de Tucano Norte. Com predominância de solos compostos de areias quartzosas álicas e distróficas (atual neossolos quartzarênicos), são muito profundos e com baixa capacidade de troca de cátions, caracterizando baixa fertilidade natural, baixa retenção de umidade e alta taxa de infiltração.


Para assegurar melhor a proteção do bioma Caatinga, pesquisadores e gestores públicos, elaboraram em 2002 um documento denominado Avaliação e ações prioritárias para a conservação da biodiversidade da Caatinga (MMA, SBF, 2002)”, onde recomendam a criação de mais trinta unidades de conservação e a mudança de categoria de três já criadas.




Esse documento contém os níveis de prioridades para a conservação dos ecossistemas e coloca a Estação Ecológica do Raso da Catarina como de extrema prioridade. Sua classificação para os temas de flora, anfíbios e répteis é de “muito alta importância”; para o de invertebrados é “insuficientemente conhecida”, mas de provável importância; e para os de aves e mamíferos é “de extrema importância”. A pontuação foi elevada graças à proteção da arara-azul-de-lear Anodorhynchus leari, já que a Estação Ecológica é uma de suas principais áreas de nidificação e forrageamento, configurando-se no principal objetivo para a criação da unidade.”


"É nesse cenário de constatações e proposições, conforme prioridades do plano de manejo da ESEC, que se compreende o quanto é importante se estabelecer uma intervenção construtiva, que possa assegurar a manutenção da referida UC, na dimensão da importância da sua flora e fauna, e ainda, na exuberância e beleza que a mesma representa. Recuperar paulatinamente as áreas degradadas, mesmo em pequena escala inicialmente, significará um grande passo para que essa geração e as futuras se comprometam a sua manutenção na plenitude de sua importância". (Maurício Aroucha - Coordenador Geral do Projeto)

O Projeto de Recuperação de áreas degradadas no interior e entorno de Unidades de Conservação no Bioma Caatinga, é financiado pelo Fundo de Desenvolvimento Global - GEF Terrestre e executado pela AGENDHA, em parceria com o FUNBIO (Fundo Brasileiro para A Biodiversidade), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Ministério da Cidadania/ Governo Federal. E, pela One Tree Planted, serão recuperados 110 (cento e dez) hectares de áreas degradadas da Estação Ecológica (ESESC) Raso da Catarina, com prioridade para a Mata da Pororoca.


Algumas espécies que serão produzidas no viveiro:

  • Orelha-de-burro (Clusia nemorosa);

  • Pororoca (Rapanea gardneriana);

  • Bromélias (Bromeliaceae)

  • Orquídeas (Orchidaceae);

  • Lianas;

  • Aroeira (Myracrodruon urundeuva);

  • Mulungu (Erythrina velutina);

  • Embiratanha, Imbiratanha (Pseudobomba marginatum),

  • Umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda);

  • Cajueiro (Anacardiaceae);

  • Atinha, Laranjinha (Oxandra reticulata Maas)

  • Pinha Brava (Rollinia leptopetala R. E. Fries – Annonaceae);

  • Alamanda-roxa (Allamanda blanchetii A. DC.);

  • Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart. - Apocynaceae);

  • Ipê, Jacarandá-mimoso (Anemopaegma laeve DC. - Bignoniaceae);

  • Buquê-de-noiva (Cordia leucocephala Moric.);

  • Plantas angiospermas dicotiledóneas (Boraginaceae);

  • Caroá, Arruda - Neoglaziovia variegata;

  • Mez (Bromeliaceae);


Texto Bruna Cordeiro - Ascom AGENDHA


*. Para saber mais, acesse:

AGENDHA: https://www.agendha.org

GEF Terrestre: https://www.thegef.org

Conservação Internacional: https://www.conservation.org/brasil

254 visualizações2 comentários

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2 commenti


Fiquei muito otimista com a ação da AGENDHA no bioma da Caatinga, inclusive com a recomposição vegetal das espécies propostas e - apaixonadamente - pelo Umbuzeiro!


Saudações Eco-sustentáveis!!!

Ademario Ribeiro - Associação ARUANÃ

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Bruna Osíris
Bruna Osíris
30 mar 2021
Risposta a

Obrigada pelo seu comentário Ademário. Seguimos fortes na luta por um Semiárido Vivo, somos do mesmo time: apaixonados pelo Umbuzeiro.


Saudações Caatingueiras da AGENDHA!!!

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